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Mostrando postagens de 2014

Natal de verdade

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"Agora você vai poder ver o que é um natal de verdade". Ah é? Como assim? Estávamos num lugar cheio de neve e pinheiros, frio, luzes e comidinhas quentes. Cercados de novos amigos, mas longe de muita gente amada. E eu não conseguia encontrar, ver, saber, sentir o que era esse "natal de verdade". Natal chegando e....nada... vazio.... totalmente branco e vazio. Não é o cenário que faz o natal ser de verdade ou de mentira! Somos nós! Sentir o carinho e o acolhimento de quem pouco nos conhecia e mesmo assim nos recebeu para compartilhar momentos familiares de gentileza, alegria e amor, isso sim aqueceu meu coração e me lembrou o que é o natal!  Profunda gratidão aos amigos que ficaram... Um ano mais tarde, temos certeza que é "muito melhor estar aqui". Aqui, no verão, com noites quentes e claras, sem pinheiros e sem neve, sem bebida quente e sem papai noel.  Mas muito muito perto de quem amamos, numa paisagem colorida e

to be or not to be..... vegan!

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Não gosto de dizer "sou vegana". Primeiro, porque isso não diz o que eu como, diz apenas o que eu NÃO como. Depois, porque corre-se o risco de ser vista como representante de um movimento. Longe disso, muito longe disso quero ficar. Escolhi parar de consumir produtos animais simplesmente porque era isso que meu corpo pedia e porque fazer um esforço para manter hábitos pouco saudáveis (para mim e para os outros) não faz nenhum sentido. Não fiz movimento algum para tirar nada da minha rotina alimentar, pelo contrário, fiz um movimento de incluir alimentos saudáveis, apetitosos e bem apresentados, aí então, não sobrou espaço para os outros. Não passo vontade de coisa alguma que eu comia antes, nem de queijos, nem de brigadeiro, nem de sorvete. Acho que já tinha comido guloseimas suficientes para essa vida e agora, nada disso é registrado como "comida" pelos meus sentidos. O que me dá muita vontade mesmo é experimentar todas as combinações e sabores possíve

dormindo como um gatinho...

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Por que é tããããooo gostoso ver gatos dormindo? e fotografá-los? Leo...

morte e vida

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Hoje, eu ouvi "não, eu já não não quero aprender mais nada". Para mim, soa como sentença de morte, desistência de viver. Como deixar de aprender quando se está vivendo? A Vida flui... Depois, a morte veio me lembrar que essa vida é circunstancial, começa e termina num piscar de olhos. Mesmo assim, isso me surpreende, me sacode. Lembro que a Morte não existe, assim como o Tempo, que servem apenas a esse tipo de consciência. Mas toda vez que me deparo com a morte, ainda me pergunto qual é o sentido da vida. Para que fazer coisas? Qual o sentido de estar aqui? O que faz isso tudo valer a pena? E hoje eu entendi que sempre fiz a pergunta ao contrário. Não é a vida que precisa de sentido, Ela É o sentido das coisas! As coisas e as ações ganham sentido porque são expressão de Vida. Porque, através de mim, a Vida se expressa! E são expressões únicas! O que faz tudo valer a pena é a expressão Única que acontece porque eu existo agora, porque ele existe no mesmo insta

The Best Cuisine

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Para nós (veja bem, experiências são coisas muito pessoais e irrepetíveis), morar em Brockport (USA) no último ano foi uma aventura culinária. Quem conhece esse lugar vai certamente achar um contrasenso. Brockport é uma pequenina vila no estado de NY, já muito próxima do lago Ontario, ou seja, próxima do Canadá, onde o clima é simplesmente.... sem palavras... (hoje, com 1 semana de primavera, amanheceu -8ºC) Confesso...  5 meses de inverno é too much pra mim.  Combinar o clima com nossa decisão de não ter carro e a pequenez da vila resultou em tempo demais dentro de casa e muita internet. Nossa receita: Primeiro, ignoramos tudo o que é típico da cozinha americana (enlatados, congelados, "pizza", hamburguer e por aí vai) e nos dispusemos a experimentar vegetais que não conhecíamos (como parsnip e alcachofra). Segundo, cortamos a cebola e o alho das preparações e, com isso, nos afastamos do modo brasileiro de cozinhar (onde TUDO começa com alho e cebola refo

Meu Brasil brasileiro

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Ouvir Carnival (Dvorak ) exatamente uma semana antes do carnaval no Brasil foi muito interessante. Claro que não foi a música que me fez pensar e lembrar do feriado brasileiro, apenas o nome dela. Não vou dizer que carnaval é a primeira coisa que as pessoas dizem depois que nos apresentamos como brasileiros porque estamos muito próximos da World Cup e das Olimpíadas (de verão). Posso dizer, então, que é a terceira coisa. E eu sempre tenho que dizer (porque é a verdade) que não vejo os desfiles, que não costumo ir aos bailes, que não ouço "música de carnaval". Eu praticamente não "sirvo" como brasileira porque não como (nem sei fazer) feijoada, não vou a (e desaconselho fortemente) churrascarias (que são a 4ª coisa que as pessoas dizem), não sei sambar nem realmente me empolgo com o carnaval. Sou um desapontamento para o que os americanos (que conhecemos) imaginam ser uma "brasileira". Eu mesma me via assim quando cheguei por aqui. Para a pergu

Carnival? What carnival?

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A peça de entrada hoje, no Kodak Hall at Eastman Theatre, foi Carnival Overture Op. 92 de Antonin Dvorák. Apesar de nunca ter ouvido falar da Eastman School of Music (University of Rochester), ela é uma das mais prestigiadas escolas de música dos EUA, tão importante quanto a Juilliard, mas não tão bem localizada (digamos assim). E Kodak, só como curiosidade, é aquela marca de máquinas fotográficas e coisas do tipo. George Eastman é o americano que inventou o filme fotográfico, fundou a Kodak, popularizou a fotografia e construiu um "império" por aqui. Aqui é Rochester, estado de NY, só que mais perto do Canadá do que de NYC. Eu fui ao concerto desta noite com alguns amigos, todos ansiosos para ouvir Itzhak Perlman, consagrado violinista israelense. Na verdade, ele tocou apenas uma das três peças que compunham o programa. Foi impecável. Em seguida, recebeu the Award of the Honorary Doctor of Music degree do presidente da universidade e mostrou a todos como transformar

sobre Rosas

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Eu colhi uma rosa rapidamente  Com medo do Jardineiro.  Então, ouvi sua voz suave  "Qual o valor de uma rosa?  Dei a você todo o jardim". Rumi

Da Alegria e Leveza de Ser

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Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare Religião sempre foi chave mestra nessa minha vida. Cresci numa família espírita. Estudei, vivi, cantei, amei espiritismo. Mas a letra estava a sufocar a vida, a religião a sufocar a religiosidade. A minha, só a minha. Desfiz, desatei, corri. Visitei, andei, saboreei. Encantei-me. Budismos, hinduismo, catolicismo, hare krishna, sufismo... Movimento bom porque leve. Vida, Amor, Gratidão e Louvor em cada, em todas, em mim. Maria aquece meu coração tanto quanto Kwan Yin, Saraswati ou Kali. Acalento em tantas mães. Hoje, não procuro entendimento ou razão, desisto completamente de tudo que minha mente pode formular ou abarcar. Hoje, só o coração ardendo iluminado. Hoje, só alegria e devoção. http://letras.mus.br/nando-reis/96641/ Gratidão Hare Krishna

Hair 4 lessons

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Everything changes Uma vez, quando era pequena, cortei um pedaço do meu cabelo. Quem nunca? Foi preciso fazer um corte bem curtinho para consertar meu trabalho. Desgostei tanto que não queria que ninguém visse, não queria ir pra escola (como se precisasse de mais esse motivo).  Nem sei se meu desgosto era pelo meu novo visual ou se porque ele evidenciava meu erro, minha incapacidade (eu não sabia, não podia cortar meu próprio cabelo, tinha feito um trabalho horroroso). Quando eu cresci um tiquinho, veio o desejo de cabelo comprido, muito comprido.  Nunca queria ir no cabeleireiro, não acreditava quando diziam que era necessário para que continuasse a crescer forte. Que bobagem, pensava eu. Quando finalmente ia, ficava toda tensa, como se pudesse controlar o trabalho do cabeleireiro com a força do meu pensamento. "só um dedinho"... mas a sensação era sempre de que tinha sido demais. Mas, então, Eu crescI! Cabelo foi cortado, cresceu, cortado mais, cresceu, ma

Detox

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créditos? esse dente de leão está por todo canto  Desintoxicar a vida. Quando decidi vir pra cá, criou-se em mim uma imensa vontade de ser outra. Poder (re)começar a (re)fazer a vida em outro lugar. Outro tempo e espaço. E então um amiga me disse ( assim correndo, no meio do nosso primeiro almoço juntas): "também já pensei assim. Mas sabe, a gente se carrega pra onde vai". Já faz quase um ano que me recordo (quase) diariamente dessa fala. (incrível o poder que temos ao falar, hum?!) Sim, sempre nos carregamos pra onde quer que vamos. Nós e nossa bagagem: indissociáveis. Mas era isso mesmo que eu desejava, estar comigo mesma, (re)conhecer eu, eu mesma, euzinha. E isso, para mim, era o siginificado de uma  nova vida, conseguir separar e abandonar o que não era eu. E para isso acontecer, a Vida me colocou em outro continente, outro país, outra língua, outra paisagem, outro modo de viver. Sem profissão, sem parentesco, sem história. A única coisa que sou

Como Fazer Pão

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Ontem, tentei, pela primeira vez, fazer pão "sozinha". Ot ficou do meu lado me dizendo exatamente o que fazer e quando, mas fui eu quem fez dessa vez. Pão de azeite para acompanhar uma delícia de salada no jantar. Optamos, cada vez mais, por sermos mais produtores que consumidores. Aqui em casa, o padeiro oficial é ele. Pães de sourdough. sourdough bread, our favorite   O melhor de produzir nosso alimento é a infindável possibilidade de criação. Centeio, linhaça, aveia, integral sempre, cranberries, nozes, amêndoas, coco, fubá, cenoura, beterraba, batata, batata doce, tudo pode ser combinado! Ontem, colocamos meio cup de farinha branca e farinha de linhaça, aveia, centeio e farinha integral até completar um cup. Meio cup entre água morna e azeite, fermento normal, um ovo e temperos moídos... sal marinho, fenogrego, coentro, cúrcuma, gengibre. É importante não ser ansiosa demais e colocar tudo o que tem no armário, exageros não são bem-vindos. Mas coragem

The Winter - Beyond the Red Nose

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Meu nariz está sempre vermelho, my toes and fingers always frozen... Mesmo quando resolvo colocar 3 meias e bota ou 2 luvas, ainda assim meus dedos congelam. Esse é meu primeiro inverno pra valer, uma estação (longa) que realmente muda os hábitos de todo mundo. É a primeira vez que sinto o gosto da neve, que faço um snowman e que fico inside por quase o dia todo. our "snow Shiva", brincar é bom, deixa a vida leve... bem leve... Não existe andar descalça, pisar na grama ou sentir o sol queimar a minha pele. Nada disso é possível nessa estação. Havaianas é uma insistência boba dentro de casa e com meia.... "the best flip-flop in the world"... Buscar correspondência, jogar o lixo ou entregar pão feito em casa para o vizinho exige colocar (mais uma) calça, bota, cachecol, casaco, gorro e luva e... ufa... poder abrir as portas. É assim todo dia, por isso, tem dias em que a  permanência outside é 0, zero, nenhum minuto. Principalmente se não estamos e

After a year

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More than a year without writing, no excuses. Há exatamente 1 ano atrás, estávamos nós buscando passaporte em Jundiaí e comprando alianças de casamento em Campinas. Ufa! Dias depois de receber a confirmação da bolsa de doutorado sanduíche pela CAPES, resolvemos que eu viria junto com ele e que nos casaríamos antes. Tínhamos 3 meses para fazer passaporte, pedir vistos americanos, nos casar, alugar nossa casa para alguém beeem bacana e convencer alguém mais bacana ainda que nossos 3 queridos filhos gatos seriam uma excelente companhia durante 1 ano. Cada coisa na sua ordem... primeiro os passaportes, depois o casamento porque assim eu não teria que explicar por que não tenho o nome dele. E só depois os vistos, porque nos parecia mais fácil como casados. Por isso, planejamos um casamento com a nossa assinatura em 1 mês. Pouco mais de 30 pessoas, nossa casa, almoço, piano e saxofone, lembrancinhas feitas por nós mesmos. Contando com profissionais maravilhosos, tudo dá certo.